Nos últimos anos, observei uma mudança radical sobre como as empresas enxergam o bem-estar emocional dos seus times. Oferecer terapia como benefício não só evita problemas, como também ajuda a criar equipes mais engajadas e presentes. Mas há sempre uma dúvida: será que compensa financeiramente investir em saúde mental corporativa? Neste artigo, eu vou explicar como calcular o ROI (retorno sobre investimento) da terapia corporativa, quais os principais KPIs, quanto custa por pessoa e como validar com segurança se esse investimento faz sentido para a sua empresa.
Por que avaliar o custo-benefício da terapia corporativa?
Em muitos momentos, conversei com líderes preocupados com turnover, absenteísmo e o impacto disso no orçamento. Na prática, o alto custo de desligamentos, faltas e baixa entrega supera - e muito - o valor de um programa estruturado de saúde mental. A experiência mostra que a psicoterapia, quando bem implantada, pode reduzir custos invisíveis, como gastos com novas contratações, treinamento e queda na produção, além de melhorar o clima interno.

Outra vantagem está no custo acessível por pessoa. Planos de sessões custam em média:
- R$ 130 mensais para duas sessões de 50 minutos.
- R$ 240 mensais para quatro sessões de 50 minutos.
Esses valores podem variar conforme a quantidade de pessoas no contrato e adesão de cada empresa.
Como negociar preços conforme o tamanho da equipe
Em negociações que acompanhei, o melhor caminho é alinhar expectativas considerando três intervalos:
- Equipes de até 20 pessoas (condições mais flexíveis, pilotos menores).
- De 21 a 50 pessoas (valores intermediários, modelos por adesão ou uso).
- De 51 até 100 pessoas (melhores faixas de negociação e customização).
Vale lembrar: quanto mais pessoas, melhor a negociação, mas o fundamental é garantir o engajamento do público-alvo. Recomendo começar com setores críticos ou por adesão voluntária. Dessa forma, é possível identificar rapidamente os impactos antes de expandir.
Como planejar a implantação em 30 dias
Implantar terapia corporativa pode ser simples e rápido. Sempre sugiro seguir um cronograma para facilitar ajustes e mensuração. Veja um roteiro prático:
- D0-D7: Planejamento - Escolha o segmento do piloto (até 50 pessoas). Defina o plano (duas ou quatro sessões). Prepare a comunicação interna, reforçando confidencialidade e ausência de estigma.
- D8-D15: Lançamento - Faça a triagem inicial e inicie atendimentos online. Ofereça suporte aos líderes (dúvidas de encaminhamento, acolhimento sem tom de cobrança).
- D16-D30: Avaliação - Gere relatório de uso agregado, verifique KPIs (faltas, turnover, feedback de lideranças), discuta os próximos passos e ampliação.
Aprendi que, ao envolver gestores e RH desde o início, a adesão aumenta e dúvidas são sanadas rapidamente. Uma comunicação transparente e livre de preconceitos faz toda diferença.
KPIs e métricas: como medir o ROI da terapia corporativa?
Para mostrar resultados reais, o acompanhamento de indicadores é essencial. Normalmente, recomendo medir ao longo de 8 a 12 semanas, pois mudanças já costumam aparecer nesse período. Os principais KPIs incluem:
- Absenteísmo: número de faltas e atrasos antes e depois do início da terapia.
- Turnover: quantidade de pedidos de desligamento, custos com rescisões, recrutamento, adaptação e impacto nas equipes.
- Produtividade/setores: evolução nas entregas em áreas críticas do negócio.
O cálculo do ROI é simples: some os ganhos gerados pela redução de faltas, atrasos e desligamentos, adicione melhorias em entregas e produtividade, e subtraia o custo mensal do programa.
Resultados de terapia corporativa aparecem em poucos meses.
Vi empresas notarem recuo significativo de afastamentos voluntários após os primeiros ciclos de acompanhamento. Muitos líderes relatam menos sobrecarga, clima mais leve, aumento da qualidade das entregas e até melhoria no NPS interno. Tudo isso pode ser monitorado com o apoio de relatórios gerenciais agregados, como os fornecidos por plataformas como o Singular e sistemas integrados à gestão clínica (mais sobre gestão de saúde nas empresas).
Quais serviços normalmente são ofertados na terapia corporativa?
No contexto dos meus clientes, observei que a CliniQore, integrada à plataforma Singular, oferece diferenciais que facilitam o acompanhamento:
- Curadoria de psicólogos de acordo com a demanda (ansiedade, insônia, luto, casal/família, TOC, estresse em lideranças, etc.).
- Diversidade de abordagens: TCC, ACT, TIP, Psicodinâmica/Psicanálise, Sistêmica, ERP, CBT-I.
- Relatórios agregados sem dados pessoais ou clínicos.
- Comunicação pronta para colaboradores e gestores usarem.
- Opção para troca de psicólogo a qualquer momento, sigilo garantido.
- Adesão simples, digital e confidencial.
- Orientação para encaminhamentos sem constrangimento.

Em minha trajetória, já acompanhei dúvidas recorrentes sobre confidencialidade. Sempre oriento que a comunicação deve reforçar que não há compartilhamento de dados clínicos individuais nos relatórios, protegendo tanto o colaborador quanto a empresa. Se você quer entender mais detalhes sobre abordagens terapêuticas modernas, recomendo conhecer o guia prático de telepsicologia publicado pelo Singular.
Estratégias de comunicação e engajamento
O engajamento começa pela confiança. A empresa precisa mostrar que valoriza saúde mental e que os dados são protegidos. Em ações que conduzi, sempre funcionou explicar que terapias são acessíveis, sigilosas e não interferem na avaliação profissional. O encaminhamento por líderes deve ser feito sem cobrança, apenas como oferta de cuidado.
Para potencializar resultados, recomendo testar o benefício em setores mais críticos por 8 a 12 semanas. Assim, os dados ficam claros e embasam decisões de ampliação - e os próprios funcionários se tornam promotores do serviço.
Outro recurso útil para automatizar lembretes e marcações de consultas é integrar o fluxo da clínica ao WhatsApp, tornando agendamentos mais naturais. Você pode conferir um passo a passo de integração do WhatsApp com sistema de psicologia para facilitar essa etapa.
Dicas para expandir e melhorar resultados
- Use relatórios gerenciais para conversar com lideranças sobre os principais temas levantados, sem expor ninguém.
- Revise seus KPIs semanalmente para ajustes rápidos.
- Acompanhe feedback de usuários para adaptar a comunicação.
- Utilize conteúdos de apoio sobre gestão de psicologia corporativa, como os disponíveis no blog sobre psicologia empresarial ou na categoria sobre sistemas de psicologia do Singular.
Vale lembrar, se a sua empresa iniciar por voluntários e focar em grupos menores, é mais fácil personalizar o suporte e medir resultados de forma direta.
Conclusão
Na minha experiência, calcular o ROI da terapia corporativa vai além de tabelar custos e receitas: envolve conhecer seu time, escolher indicadores apropriados e garantir privacidade. As empresas que se diferenciam são aquelas que cuidam de pessoas, antecipam crises e falam abertamente sobre saúde mental.
Se o seu objetivo é reduzir turnover, absenteísmo e melhorar o ambiente, recomendo experimentar um piloto de terapia corporativa agora. Teste, meça, ajuste e, se fizer sentido, escale a solução usando plataformas como a Singular. Assim, fica comprovado que investir em bem-estar realmente gera retorno, em pessoas e resultados.
Quer saber mais casos, soluções e conteúdos sobre gestão de saúde psicológica corporativa? Navegue pelo blog da Singular ou conheça mais sobre a plataforma.
Perguntas frequentes
O que é ROI na terapia corporativa?
ROI (Retorno Sobre Investimento) na terapia corporativa é a relação entre o valor economizado (com menos faltas, desligamentos e maior entrega) e o custo mensal do programa de terapia para os funcionários. Esse cálculo mostra de forma clara quanto a empresa recupera em ganhos financeiros ao investir em saúde mental.
Como calcular o ROI da terapia corporativa?
Basta somar as economias com redução de faltas, atrasos, pedidos de demissão, ganhos em entregas e qualidade do trabalho. Depois, subtraia o desembolso mensal ou trimestral feito com o benefício de terapia. Se o ganho for maior que o investimento, o ROI é positivo.
Quais KPIs usar na avaliação da terapia?
Sugiro acompanhar KPIs como absenteísmo (faltas e atrasos), turnover (demissões voluntárias, custo de reposição) e a evolução nas entregas dos setores. Esses indicadores ajudam a identificar os benefícios financeiros e comportamentais após a implantação do serviço.
Vale a pena investir em terapia corporativa?
Se a meta da empresa é diminuir turnover, afastamentos e criar um clima saudável, a terapia corporativa é uma escolha acertada. Os valores por funcionário são acessíveis e os retornos comprovados em poucas semanas.
Como medir os resultados da terapia nas empresas?
O acompanhamento é feito por relatórios agregados mostrando uso do serviço, principais demandas, evolução nos indicadores de RH e, sempre, sem expor dados pessoais. Em 8 a 12 semanas, já é possível visualizar tendências claras.
